sexta-feira, 8 de abril de 2011

Twitter na vanguarda da especulação bolsista

Um estudo conduzido por um aluno de doutoramento da Universidade Técnica de Munique concluiu que os investidores nos mercados financeiros que sigam atentamente o Twitter poderão conseguir margens maiores de lucro.


Timm Sprenger analisou 250 mil tweets enviados durante um período de seis meses e prevê que esta rede de microblogging irá continuar a oferecer informação especializada aos seus utilizadores, informação essa que lhes permite ter lucros superiores no mercado bolsista (média de 15%).

Milhares de mensagens relacionadas com as bolsas de valores são enviadas todos os dias via Twitter. No seu estudo, Timm Sprenger notou uma “extraordinária coordenação” entre aquilo que o Twitter está a dizer acerca de acções e as outras informações divulgadas por investidores e analistas.

“Não acho que seja o Santo Graal para fazer milhões, mas é uma fonte muito credível e legítima”, indicou Timm Sprenger, citado pela BBC.

Sprenger indicou ainda que as informações mais importantes foram sujeitas a retweets. Sprenger prevê que o Twitter - que já inclui a informação mais falada no feed dos Trending Topics - irá começar a oferecer versões cada vez mais especializadas do seu serviço.

Este aluno de doutoramento conduziu igualmente um estudo semelhante durante as eleições federais alemãs do ano passado. Usando o Twitter, Sprenger conseguiu prever o resultado final do escrutínio para cada partido político com uma margem de erro de cerca de dois por cento.

“Conseguimos ficar tão perto dos resultados verdadeiros como alguns institutos de sondagens, que gastam centenas de milhares de euros”, disse.

Ciberataques a redes sociais e smartphones aumentam

Os smartphones e as redes sociais estão a transformar-se nos alvos predilectos dos cibercriminosos, alerta o relatório anual da empresa de segurança informática Symantec.


Utilizadores do Facebook e do Twitter, bem como utilizadores de smartphones - nomeadamente equipados com o sistema operativo da Google, o Android - estão particularmente vulneráveis, indica o relatório citado pela BBC.

De acordo com o Internet Security Threat Report, da Symantec (que ganha a vida a vender soluções de segurança informática a empresas e indivíduos), as vulnerabilidades nos sistemas operativos dos telemóveis inteligentes aumentaram de 115% em 2009 para 163% em 2010.

Orla Cox, gestora de operações de segurança na Symantec, explicou à BBC que os cibercriminosos podem fazer uma série de coisas, nomeadamente interceptar mensagens de texto (sms) ou ligar para números pagos.

Em muitos casos, os criminosos também instalam malware nos aparelhos, o que lhes permitirá ter acesso a dados sensíveis, especialmente se os utilizadores utilizarem os seussmartphones para realizarem operações bancárias. Pelo menos seis variedades diferentes de malware foram detectadas em aplicações distribuídas através de um serviço dedownloads chinês.

Foi igualmente encontrado algum malware a circular nos populares iPhones, mas apenas naqueles que tinham sido crackados.

No Facebook e no Twitter, a Symantec detectou diferentes tipos de ameaças. A ameaça mais comum nas redes sociais são os links que redireccionam para sites com aplicações destinadas a recolher informação pessoal dos utilizadores. A empresa estima que um em cada seis links colocados no Facebook redireccione para malware.

O relatório Internet Security Threat Report, que tem por base dados fornecidos por utilizadores em todo o mundo, é considerado como um bom aferidor do cibercrime.


Globalmente, a Symantec notou um grande aumento do cibercrime de 2009 para 2010, sobretudo graças aos chamados attack toolkits - pacotes de software que permitem aos compradores “desenharem” o seu próprio malware. Estes kits estão à venda online e são bastante baratos.

Massacre no RIO : Vitima de "bullying" na mesma escola ?



Ex-colegas de Wellington Menezes de Oliveira, o autor do massacre na escola em Realengo, no Rio de Janeiro, recordam hoje no jornal O Globo que por ser calado e introvertido, os colegas brincavam com ele: “Cara, a gente tem medo de você porque um dia você ainda vai matar muita gente". O número de mortos subiu para 12.


Diz o Globo que Wellington, de 23 anos, foi vítima de bullying na mesma escola municipal Tasso da Silveira, onde foi aluno e onde ontem atirou a matar dentro de uma sala de aula. Sofria intimidações constantes devido ao seu carácter introvertido. E chamavam-lhe Sherman, em alusão ao personagem de American Pie, ou ridicularizavam o facto de, a certa altura, ter passado a coxear de uma perna.

“O Wellington era completamente maluco. Era perceptível na sala de aula que ele tinha algum tipo de distúrbio. Ele era muito calado, muito fechado. E a galera pegava muito no pé dele, mas não a ponto dele fazer isso”, disse ao Globo um antigo colega.

Wellington, recorda, o mesmo colega, também não era bom aluno, talvez se tivesse havido intervenção de um psicólogo na altura se tivesse evitado o massacre de ontem, afirma o mesmo colega.

O número de mortes depois do massacre de ontem subiu de 11 para 12, conta a edição online da Folha de São Paulo. Dez das vítimas são meninas, entre os 12 e os 15 anos.

O autor do massacre entrou na escola para levantar documentos previamente pedidos sobre o seu currículo e pediu para falar depois com uma professora, que o terá confundido com um palestrante que era esperado. Foi assim que entrou numa sala de aula onde disparou indiscriminadamente. Acabou depois por ser baleado pela Polícia Municipal, que acorreu ao local em cerca de dez minutos, alertada por alunos que fugiram da escola. Mas Wellington acabou por morrer com um tiro infligido a si próprio na boca.